O crítico deve ter cheiro de enxofre

Do que serve uma crítica que bate palma e tudo adora ou aclama? Que se compraz em anunciar a importância de certos filmes, sempre os mesmos tipos de filmes
que se conformam com expectativas mercadológicas e do público. O desafio não existe, pois há o conforto que o elogio proporciona, os acessos que apontar os pontos de fragilidade fecham.
Ninguém quer ouvir que seu filme não é aquilo que ele pensa ser. Deus perdoe que se aponte o lado retrógado de quem se vende como progressista

O que deve ser o crítico nesse caso? O enxofre, o cheiro que incomoda e tira do lugar. Afinal, é preciso colocar a obra em crise. E talvez não só a obra, mas todo o contexto que a cerca.